O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) acompanhou o voto de Gilmar Mendes e se manifestou contra a liberação de cultos e missa neste momento da pandemia. Por enquanto, o placar está em 2 a 1 – com um voto de Kassio Nunes Marques favorável à reabertura.
– Por entender que proteger os fiéis, a saúde, a vida dos fiéis talvez seja a maior missão das religiões, não há nada de discriminatório, não há nada de preconceituoso, não há nada de inconstitucional, nos decretos que, embasados em dados científicos, médicos, restringem, assim como outras atividades, temporariamente os cultos religiosos – disse Moraes, terceiro a se manifestar no julgamento.
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O ministro também negou que haja intervenção do Estado na liberdade de culto.
– Onde está a empatia e a solidariedade de todos nesse momento? A liberdade religiosa tem dupla função: proteger todas as fés e afastar o Estado laico de ter de levar em conta dogmas religiosos para tomar decisões fundamentais para a sobrevivência de seus cidadãos. O Estado não se mete na fé. A fé não se mete no Estado – argumentou.
Moraes também elogiou a atitude “corajosa” do prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), que viu o número de óbitos e infecções despencar no município após decretar um lockdown.
– O mundo ficou chocado quando morreram 3 mil pessoas nas Torres Gêmeas. Nós estamos com 4 mil mortos por dia. Me parece que algumas pessoas não conseguem entender o momento gravíssimo dessa pandemia. Ausência de leitos, de insumos, ausência de oxigênio. As pessoas morrendo sufocadas, uma das mais dolorosas mortes – comentou.
Na avaliação de Moraes, o Brasil não se preparou para a segunda onda.
– Os EUA têm 500 milhões de doses de vacina, nós não conseguimos vacinar ainda 10% da população. Estamos no dia 8 de abril, nós não vacinamos 10% da população. Quatro mil mortos por dia, onde está a empatia? – questionou.
A quantidade de pessoas vacinadas contra a covid-19 com ao menos a primeira dose no Brasil chegou a 21.445.683 na última quarta-feira, 7, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. O número representa 10,13% do total da população brasileira.
- Pleno News